Fundadores de Indiaporã

por India Porã publicado 18/01/2018 15h10, última modificação 24/11/2021 16h54
Fundadores de Indiaporã: Hipólito Moura, Alcides Borges, Francisco Leonel Filho e Luís Antônio do Amorim

Hipólito Moura, Alcides Borges, Francisco Leonel Filho e Luís Antônio do Amorim

A cidade teve seu início no dia 08 de agosto de 1939, quando três jovens, Hipólito Moura, Alcides Borges e Francisco Leonel Filho combinaram de adquirir do senhor Luís Antônio do Amorim, conhecido popularmente por Luís Caetano, uma gleba de terras.

Tinham eles, um ideal de, com estas terras, formar um patrimônio no interior paulista, que posteriormente se transformaria em uma cidade.

Luís Antônio do Amorim, animado pelo mesmo ideal, disse que faria uma doação do terreno da praça central, a qual leva, em homenagem póstuma, o seu nome, e que o restante seria loteado e vendido.

Na época, eram 94 datas de terras, cujas propriedades eram de 47 contribuintes, e a escritura foi lavrada no cartório do Registro Civil de Monte Aprazível, sob número 14.021.

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Texto extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 80 à 83.

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FRANCISCO LEONEL FILHO (Chiquinho Leonel)

               Casado com dona Olímpia Luísa de Morais, tiveram 7 filhos: Maria Aparecida Leonel de Morais, Doracina Leonel de Morais, Carlos Leonel de Morais, Walter Leonel de Morais, Elizabeth Leonel de Morais, Élen Leonel de Morais e Eliana Leonel de Morais.

               Vieram de Paulo de Faria, em 1937, juntamente com o sogro, o senhor Luís Antônio do Amorim.

               Chiquinho Leonel se agregou ao sogro, onde plantou roça e criou animais e, em 1939, incentivou o sogro a fundar uma vila em sua propriedade. A idéia foi aceita e em 1940, nascia a Vila de Indianópolis.

               Chiquinho Leonel mudou-se para a vila e, como era alfaiate, exerceu a profissão por aproximadamente 7 anos, época em que ingressou no serviço público como servente, passando posteriormente para inspetor de alunos, cargo este que exerceu até se aposentar.

               Como cidadão social, participou de todos os eventos que trouxeram o progresso para nossa terra. Foi leiloeiro arrojado em prol da construção da igreja matriz. Trabalhou incansavelmente junto ao deputado estadual, Cunha Bueno, na criação do distrito de paz e se empenhou muito na criação do município de Indiaporã.

               Enquanto vivo, participou como Presidente de mesa de todas as eleições.

               Exerceu o cargo de vereador, de 1977 à 1982, quando foi Presidente da Câmara Municipal (1977/1978).

               Embora tenha feito apenas o 4º ano letivo no Grupo Escolar de Guaraci, gozava de uma cultura invejável. Tinha boa caligrafia e era poeta, e nos orgulhamos de inserir nesta obra um de seus poemas prediletos.

               Duvido que tenha passado por aqui alguém que amou Indiaporã tanto quanto o meu compadre Chiquinho Leonel, pois era um entusiasta apaixonado por esta cidade.

               Viveu aqui com alegria, fez tudo o que gostava, dançava, contava piadas inteligentes e era defensor de boas idéias.

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Texto extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal, ano 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 379 e 380.

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Veja a matéria Praça Francisco Leonel Filho

 

HIPÓLITO MOURA

Data de Nascimento:         /      /       = local: _____________

Falecido:    /     /        com ______ anos, na cidade de _________

          Veio de Campina Verde, Estado de Minas Gerais, para a região de Água Vermelha.

          A família Moura era composta de 5 irmãos, sendo eles: Alberto Moura. César Moura, Napoleão Moura, Hipólito Moura e José Moura (Juca Moura).

          A mudança aconteceu no ano de 1932. Na ocasião apenas Napoleão era solteiro.

          Hipólito Moura era casado com dona Doca e tiveram os filhos Sávio, Cristóvão e Cristina.

          A mudança foi feita em 5 carros de bois e o itinerário foi o seguinte: partiram de Campina Verde, passando por Comendador Gomes, Patrimônio do Cisco, hoje Itapagipe, São Francisco de Sales, Santa Rosa, hoje Iturama, Monte Alto, atravessaram o Porto da Quiçaça e finalmente o ribeirão Água Vermelha.

          Trouxeram gado, porcos, cavalos e cachorros, além de armas de fogo como, espingardas e carabinas para se defenderem de bandidos e também de animais selvagens.

          Os irmãos Moura eram arrojados e, logo que se instalaram na região, abriram 60 alqueires de roça, o que na época significava um exagero, por ser uma quantidade desproporcional em relação ás que existiam na região.

          O domínio deles eram um verdadeiro latifúndio, pois temos uma vaga informação de que, no total, a gleba era de aproximadamente 32.000 alqueires, começando na cabeceira do córrego Arara, que converge para o ribeirão Água Vermelha, passando pelo córrego da Divisa e, deste, abeirando-se da cabeceira do Água em direção ao córrego do Tatu, descendo daí, em direção à margem esquerda do Rio Grande. Era uma imensidão.

          Segundo informações, esta propriedade pertenceu à família Queiroz, que deram autonomia para os Moura explorarem e venderem a terra conforme encontrassem propostas na época, pois os Moura tinham a confiança da família Queiroz, que eram os legítimos proprietários de uma gigantesca gleba que, além de imensa, no Estado de Minas Gerais, atingia também o lado paulista, onde os Moura se instalaram.

          Os irmãos Moura também vendiam os seus capados gordos em Tanabi ou São José do Rio Preto, como as demais famílias que haviam se instalado na região. Os animais eram tocados a pé, e geralmente era acompanhado de um carro de bois.

          Aos irmãos Moura podemos outorgar, sem sombra de dúvida, o título de consolidadores da povoação de nossa região, pois foram eles que agilizaram as mudanças para cá, principalmente das famílias que vieram de Paulo de Faria, pois como o leitor pode notar, a maioria das propriedades de nossa região foram vendidas pelos Moura, principalmente os senhores César e Napoleão.

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Texto extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 57 à 60.

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LUIZ ANTONIO DO AMORIM

          O senhor Luiz Antonio do Amorim, popular Luiz Caetano, era casado com Dona Laudelina Francisca de Morais e conceberam 10 filhos: Olivia Francisca de Morais, Joaquim Luiz do Amorim, Olímpia Luiza de Morais (Fiíca), Adolpho Luiz do Amorim, Joana Luiz de Souza, Henrique Souza do Amorim, Delmira Luiza da Silva (Santinha), Dorvina Luiza de Souza, Maria Morais do Amorim e Izoldina Luiza de Morais.

          Mudou-se de Paulo de Faria, em 1937, para Itaporã, onde era agregado do senhor Othaydes Luiz Arantes.

               Vieram juntos, todos os seus filhos e seu genro, Francisco Leonel Filho, casado com Dona Olímpia Luiza de Morais (Fiíca), que foi o idealizador da fundação de Indianópolis.

               O senhor Luiz comprou uma gleba de terras do senhor César Moura, às margens do ribeirão Água Vermelha.

               Foi o fundador da Vila de Indianópolis.

               O carro-de-boi que trouxe a mudança foi fretado junto ao senhor Almiro Jacó e levaram 4 dias de estrada, isso porque aproveitaram até mesmo a madrugada para caminharem.

               Trouxe gado e cachorros caçadores de onça, além de armas de fogo, como carabinas e revólveres.

               Caçar onças era o hobby do senhor Luiz, pois os homens daquela época achavam que exterminas as onças era necessário, pois essa espécie de animal selvagem atacava os animais domésticos e os matavam e comiam.

               Dona Joana, sua filha, afirmou no livro “Memórias de Indiaporã”, do autor Adelino Francisco do Nascimento, 1999, Editora Ferjal que, certa vez, ela e sua irmã Fiíca carregaram num banguê, numa distância de 8 quilômetros, uma onça que media aproximadamente um metro e meio, morta pelo seu pai.

               Os companheiros de caçadas do senhor Luiz eram Zequinha Leonel, Manoel Abóbora e Marcos.

               Luiz Antonio do Amorim era católico e tinha a missão de abrir e fechar a igreja todos os dias, além de dar corda e acertar o relógio da mesma.

               O senhor Luiz faleceu em Indiaporã, no dia 29 de julho de 1974, com 85 anos de idade.

               Dona Laudelina era fiandeira e quitandeira. Faleceu em 20 de março de 1989, com 95 anos de idade.

               Luiz Antonio do Amorim tem sua memória reverenciada pela população de Indiaporã cuja praça central leva o seu nome, numa justa homenagem.

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Texto acima extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, páginas 46 e 47.

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Luís Antônio do Amorim, vulgo Luís Caetano, fundador da cidade de Indiaporã, Estado de São Paulo, nasceu em 27 de maio de 1889, na cidade de Lageado, Estado de Minas Gerais, filho de Caetano Machado e de Catarina Ferreira do Amorim.

Veio para o Estado de São Paulo,, com 06 anos de idade, fixando residência na cidade de Paulo de Faria, de onde mudou-se para a nossa região no ano de 1937.

O saudoso fundador era lavrador e sitiante. Faleceu em Indiaporã, no dia 29 de julho de 1974, com 85 anos de idade.

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Texto acima extraído do Livro Memórias de Indiaporã, Editora Ferjal 2000, Adelino Francisco do Nascimento, página 83.

Veja a matéria Praça Luiz Antonio do Amorim